Projeto de docentes da Uniara e de universidade inglesa é aprovado em programa de colaboração internacional em pesquisa

São Paulo Researchers in International Collaboration – SPRINT” é financiado pela FAPESP

Um projeto elaborado em colaboração entre os professores do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia em Medicina Regenerativa e Química Medicinal – PPGB-MRQM da Universidade de Araraquara – Uniara, Wilton Rogério Lustri e Hernane da Silva Barud, e o docente da Universidade de Bath, na Inglaterra, Bernardo Castro Dominguez, foi aprovado no “São Paulo Researchers in International Collaboration – SPRINT”, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP.

O título do projeto, programado para ter início no dia 1º de abril e com duração de 24 meses, é “Desenvolvimento de Compósito de Celulose Bacteriana/MOF para Embalagem Sustentada – DeBaC CoSuPa” (Development of Bacterial Cellulose/MOF Composite for Sustained Package – DeBaC CoSuPa). “Propusemos o desenvolvimento de um biofilme composto de estrutura de celulose bacteriana – portanto, envolverá a utilização de membranas de biocelulose – com Metalorganic Frame Work – MOF, um composto inorgânico com a capacidade de preservar produtos agrícolas perecíveis – remoção de contaminantes – e para ser usado na área médica como um sistema de sustentação de liberação de drogas”, explicam Lustri e Barud.

Eles detalham que o objetivo será alcançado “com o impedimento da permeação de gases e vapores por meio dos filmes e a remoção do etileno, responsável pelo amadurecimento do produto, fornecendo uma área de superfície maior, com o MOF, para retenção e liberação sustentadas de conservantes e antimicrobianos naturais”. “Assim, estabelecemos uma colaboração interdisciplinar entre a Universidade de Bath e a Uniara”, completam.

Como contextualização para o desenvolvimento do projeto, os docentes mencionam que “o uso indiscriminado de microplásticos em cosméticos e produtos de limpeza, além da areia microplástica derivada da decomposição de objetos plásticos maiores, geram condições de saúde em seres humanos e ecossistemas”. “Os microplásticos podem ser 29,2% maiores em peixes de rios em áreas urbanas, sendo que uma grande indústria responsável pela geração de resíduos plásticos é a de alimentos, devido à necessidade de estocar, conservar e transportar produtos agrícolas perecíveis”, dizem.

Em relação ao Brasil, “é responsável pela geração de doze milhões de toneladas de plástico e possui um dos maiores obstáculos à gestão de resíduos”. “No país, algumas leis começam a exigir o uso de materiais biodegradáveis em sacolas plásticas, o que abre oportunidades para o desenvolvimento e a implementação de novos materiais de embalagem biodegradáveis. Nossa visão de longo prazo é desenvolver uma solução holística para implementação desses novos materiais renováveis, substituindo as embalagens à base de plástico, por meio da reavaliação de resíduos”, destacam Lustri e Barud.

A aprovação no SPRINT é excelente para a Uniara, segundo os docentes, “pois é um projeto que internacionaliza e dá visibilidade à instituição, além de ser financiado pela FAPESP, o que é bem interessante”.

Lustri é líder do Grupo de Pesquisas em Química Medicinal e Medicina Regenerativa – QUIMMERA e coordenador do Grupo de Pesquisas em Celulose Bacteriana e Química Medicinal – CBQUIM da Uniara, e Barud é coordenador do Laboratório de Biopolímeros e Biomateriais – BioPolMat da instituição. Já Dominguez é professor do Departamento de Engenharia Química da Universidade de Bath.

Informações sobre o PPGB-MRQM da Uniara podem ser obtidas pelo endereço www.uniara.com.br/ppg ou também pelo telefone (16) 3301-7348. Detalhes sobre o SPRINT estão disponíveis no site www.fapesp.br/8602.

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