Estado autoriza reabertura gradual da economia em Araraquara a partir do dia 1º de junho
A região de Araraquara está autorizada a iniciar na próxima segunda-feira (1º de junho) a retomada gradual e segura das atividades econômicas, conforme anunciou nesta quarta-feira (27) o governador João Doria (PSDB) e secretários estaduais. A quarentena será mantida até 15 de junho, mas de forma flexibilizada.
O comércio de rua, shoppings, bares e restaurantes poderão voltar a funcionar após mais de dois meses de atividades suspensas devido à pandemia do novo coronavírus, causador da Covid-19. Porém, esse retorno será com restrições sanitárias e em horário reduzido.
Os detalhes da proposta de decreto municipal que trará essas informações e as condições para a reabertura serão abordados pelo Comitê de Contingência do Coronavírus, na manhã desta quinta-feira (28). Na parte da tarde, reunião sobre o assunto também será feita entre o prefeito Edinho, secretários municipais e representantes dos setores econômicos.
Somente quatro de 18 regiões do estado conseguiram autorização para essa flexibilização. Para o prefeito Edinho, os investimentos feitos na construção do Hospital da Solidariedade (com 20 leitos de UTI e 31 de enfermaria), a implantação do polo de triagem na UPA da Vila Xavier, a ampla testagem de pacientes em parceria com a Unesp e a estruturação da rede de saúde, entre outras ações, possibilitaram essa progressão.
“Araraquara está entre as quatro regiões em melhores condições para enfrentar a pandemia do coronavírus. Além da preocupação do isolamento social, nós tomamos todas as medidas necessárias: expandimos o horário da rede básica de saúde, criamos o 0800 para informações por telefone, criamos equipes de consulta da população idosa em casa, criamos equipes de bloqueio para identificar positivados e familiares, fizemos parceria com a Unesp para examinar os pacientes sintomáticos, transformamos a UPA da Vila Xavier em central de triagem e colocamos o hospital de campanha em funcionamento em cinco semanas”, lembra Edinho.
“Essa junção de forças fez com que Araraquara tivesse um diferencial, e esse diferencial foi reconhecido pelo Governo do Estado. Ainda não vencemos a doença, mas, graças à estrutura que montamos, foi autorizado que Araraquara inicie a retomada das atividades econômicas com muita cautela, rigor, responsabilidade e fiscalização, para que não sejamos obrigados a voltar para trás”, afirma o prefeito.
O Plano São Paulo
Dentro do Plano São Paulo, as 18 regiões do estado foram classificadas de acordo com a situação de enfrentamento da doença, como a ocupação de leitos de UTI exclusivas para pacientes com Covid-19 e a evolução do número de casos.
São cinco faixas, da maior para a menor restrição: fase 1 (vermelha), fase 2 (laranja), fase 3 (amarela), fase 4 (verde) e fase 5 (azul). Nenhuma região chegou às fases 4 e 5 até o momento.
A fase 3 permite abertura de concessionárias, imobiliárias, escritórios e, com restrições, o retorno de comércio, bares, restaurantes, shoppings centers e salões de beleza. Nessa faixa, ficaram as regiões de Araraquara, Barretos, Bauru e Presidente Prudente. Aqui no município, já estavam funcionando concessionárias, imobiliárias, escritórios e salões de beleza, seguindo as normas da saúde.
Na fase 2, que proíbe abertura de bares, restaurantes e salões de beleza, além de impor restrições aos setores de comércio, shoppings, imobiliárias, concessionárias e escritórios, ficaram as seguintes regiões: Franca, Ribeirão Preto, São João da Boa Vista, Piracicaba, Campinas, Taubaté, Sorocaba, Marília, Araçatuba e São José do Rio Preto, além da capital paulista.
Na faixa mais restritiva, a fase 1, que proíbe todas as categorias já citadas, estão a região de Registro, a Grande São Paulo e a Baixada Santista. Nesses locais, só é permitido o funcionamento de indústrias e construção civil, que são liberados em todas as cinco fases.
Segundo o Governo do Estado, as fases são determinadas pelo acompanhamento semanal da média da taxa de ocupação de leitos de UTI exclusivas para pacientes com coronavírus e o número de novas internações. Uma região só poderá passar a uma reclassificação de etapa – com restrição menor ou maior – após 14 dias do faseamento inicial, mantendo os indicadores de saúde estáveis.