Com homenagem a estudantes, MMDC Araraquara fecha o ano com grande evento

Solenidade emocionou e lotou auditório do Centro Internacional de Eventos de Araraquara,

Organizada pelo Núcleo do MMDC de Araraquara, aconteceu na última quinta-feira, 21, a cerimônia, que marcou a comemoração do 3º aniversário da entidade. Realizado no auditório do Centro Internacional de Eventos de Araraquara Dr. Nelson Barbieri, o evento homenageou estudantes, e contou com autoridades civis e militares de Araraquara e cidades da região. 

Dirigido pelo Presidente do MMDC de Araraquara, e Comandante do 13º BPMI, Tenente Coronel Adalberto José Ferreira, o evento contou ainda com a presença do Vice-Presidente do MMDC local, Coronel Paulo Henrique Jurisato, e do Coronel João Alberto – na ocasião representando o prefeito Edinho Silva.

Durante a cerimônia a direção do MMDC local homenageou dirigentes de ensino e estudantes de escolas estaduais que participaram de um concurso de redação organizado pela entidade, além de militares e personalidades civis, que se destacaram por serviços prestados à sociedade e à memória do movimento revolucionário de 1932. O chefe de instrução do TG-02002 de Araraquara, Subtenente subtenente Cleitor de Almeida Paiva também foi homenageado.

Representativo, o evento lotou as dependências do auditório menor do CEAR, e já é considerado como um dos maiores realizados em todo o estado de São Paulo no exercício deste ano.

A Revolução em Araraquara

Araraquara, na época uma pequena cidade, teve grande participação no movimento, enviando, entre civis e militares, 541 voluntários para os campos de batalha, dentre eles uma mulher, Dna. May de Souza Neves, esposa do doutor Camilo Gavião de Souza Neves, que serviu como enfermeira durante o desenrolar do conflito.

Seis deles morreram em combate, e dois depois do conflito, já em Araraquara, em decorrência dos ferimentos recebidos. Seus nomes estão eternizados no Monumento ao Soldado Constitucionalista localizado na 1ª Rotatória da Avenida Bento de Abreu, local onde se deu a cerimônia.

Inaugurado em 9 de julho de 1934 na Avenida principal do Cemitério São Bento, o Monumento já foi um Mausoléu e abrigou por décadas os despojos dos heróis araraquarenses que tombaram no conflito.

No ano de 1972, quando do grande evento em comemoração aos 40 anos da Revolução de 32, os restos dos araraquarenses foram levados para São Paulo, onde eternamente descansarão no Obelisco do Ibirapuera, ao lado dos demais combatentes paulistas que tombaram pela causa.

Em seguida, a Prefeitura de Araraquara transferiu o Mausoléu para a Bento de Abreu, inaugurando o Monumento ao Soldado Constitucionalista com o intuito de eternizar a saga daquela geração de araraquarenses.

O Movimento

Durando três meses, e custando oficialmente quase mil vidas (estimativas extra oficiais da época falam em mais de dois mil paulistas mortos), o Movimento Constitucionalista de 32 foi sufocado militarmente pelo governo ditatorial, mas conseguiu seu objetivo, já que com sua deflagração Getúlio Vargas se viu obrigado a convocar a eleição Constituinte de 1933, que culminou na promulgação da Constituição Brasileira de 1934.

Três anos depois, porém, Getúlio deu razão a principal acusação que o Movimento de 32 lhe fazia: a de que ele não pretendia governar sob um estado democrático, e planejava implantar no País uma ditadura escorada na força militar dos Tenentistas. Em 1937, Vargas fechou o congresso, fechou as Assembleias Legislativas, as Câmaras Municipais e promoveu a intervenção em todos os Governos Estaduais e Prefeituras Municipais, implantando a Ditadura do Estado Novo, que permaneceu no poder até 1945, quando, finalmente foi derrubada.

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