Araraquara começa 2020 com a abertura de 164 empresas

Em 2019 o saldo também foi positivo, com o número de novos negócios superior ao de mortalidade

Araraquara registrou em janeiro deste ano um saldo positivo no número de abertura de empresas. Foram 90 novos empreendidos, 12,5% a mais do que o acumulado no mesmo período do ano passado. Ao mesmo tempo, o número de empresas que fecharam as portas recuou 38,8%: 63 contra 103 registrado em janeiro do ano passado. 

O ano de 2019 também foi positivo para o empreendedorismo araraquarense. Conforme levantamento realizado pelo Núcleo de Economia do Sincomercio Araraquara, entre janeiro e dezembro do ano passado, 1.225 novas empresas foram formalizadas na Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp), 13,8% a mais do que o registrado em 2018, quando 1.076 novos empreendimentos foram registrados. No mesmo período, 1.061 estabelecimentos encerraram suas atividades, contra 1.038 dissoluções ocorridas em 2018. No acumulado de 2019, 164 novos negócios passaram a atuar em Araraquara.

De forma geral, o saldo entre a abertura e o fechamento dos negócios no período que vai de janeiro de 2018 a janeiro de 2020 demonstra que o nascimento de empresas no município foi superior à mortalidade em 19 dos 25 meses analisados. Ainda assim, o índice de dissoluções formalizadas na Junta Comercial suscita o questionamento dos motivos que levam às instituições a encerrarem suas atividades, bem como as precauções que devem ser tomadas para garantir sua competitividade e permanência no mercado.

Do ponto de vista financeiro interno das empresas, a atenção volta-se para o capital de giro e fluxo de caixa. O primeiro, trata-se do montante de dinheiro necessário para cobrir as despesas durante um certo período, e é usado principalmente para preencher a lacuna entre pagamentos e recebimentos nas operações da empresa. O segundo diz respeito às receitas e despesas no período contábil. Assim, se as vendas superarem os gastos, o fluxo de caixa será positivo, caso contrário, negativo.

A análise de ambos (capital de giro e fluxo de caixa) permite ao empreendedor manter sob controle o nível de endividamento e a necessidade de obter empréstimos, sendo estes fundamentais para a saúde financeira da organização. Segundo a equipe do núcleo de economia do Sincomercio é imprescindível examinar o ambiente e as vantagens competitivas dos concorrentes diretos, tais como a relação com fornecedores, posição de marcas existentes, barreiras à entrada, fidelidade dos clientes e localização das firmas para a empresa se posicionar e obter benefícios no ambiente de negócios.

Considerando as já conhecidas dificuldades burocráticas e tributárias enfrentadas por quem deseja empreender, a MP da liberdade econômica – aprovada pelo Senado no segundo semestre de 2019 -, visa facilitar a abertura de empresas, principalmente as de micro e pequeno porte. Também vale citar a PLS 145/2018, aprovada na última terça-feira, 20/2, que tem como objetivo a criação de um sistema eletrônico que possibilite todo processo de abertura e fechamento de empresas on-line, reduzindo o custo e o tempo para se empreender. 

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