Associação confecciona máscaras para população em alta vulnerabilidade social
Por conta da pandemia do Covid-19 e da obrigatoriedade do uso de máscaras, a partir desta sexta-feira (1), nos espaços públicos e nos equipamentos de transporte coletivo, a Prefeitura Municipal contratou a entidade Associação Mãos que Criam, formada por mulheres artesãs, para confeccionar máscaras caseiras e garantir o item de proteção à população de alta vulnerabilidade social do município. A entidade, que atua área do artesanato, costura, economia solidária e novos modelos socioprodutivos, já iniciou a confecção das peças.
A contratação foi feita por meio de compra direta, com apresentação de três orçamentos. O projeto é da Secretaria Municipal da Saúde, com apoio da Coordenadoria Municipal de Trabalho e Economia Criativa e Solidária, vinculada à Secretaria Municipal do Trabalho e Desenvolvimento Econômico.
Com a contratação, a Prefeitura vai garantir a máscara caseira às pessoas que de outra forma não teriam condições de fazer essa aquisição e também garantir renda às costureiras, fomentando a economia solidária no município.
Para esse projeto, de acordo com Camila Capacle, coordenadora executiva de Trabalho e Economia Criativa e Solidária, além das 10 sócias da Associação Mãos que Criam, foram convidadas mais cinco costureiras do Jardim das Hortênsias, totalizando 15 mulheres, que vão confeccionar máscaras em tecido algodão e TNT, duplo, no formato de máscara cirúrgica.
“O trabalho já está sendo feito no Espaço Kaparaó e, neste primeiro momento, as costureiras estão utilizando material que nos foi doado recentemente. A Apeoesp nos doou TNT e o Instituto Federal de Araraquara nos doou elástico e TNT. Recebemos ainda uma doação importante de malha 100% algodão que também está sendo utilizada na confecção das primeiras máscaras caseiras. A Prefeitura vai comprar mais algodão, mas com essas doações foi possível dar inicio à produção”, explica Camila. Segundo ela, serão produzidas 15 mil máscaras caseiras, que serão entregues em pontos estratégicos, avaliados pelo Comitê de Contingência do Coronavírus.
Para garantir o cumprimento da medida, de acordo com decisão so Comitê, diferentes setores da Prefeitura estão se organizando para identificar as situações de necessidade e vulnerabilidade, realizar orientações e a entrega das máscaras caseiras. Este trabalho será feito também nos equipamentos de transporte público coletivo.
Ainda segundo a coordenadora de Trabalho e Economia Criativa e Solidária, a higienização das máscaras será por ozônio, através de um processo conhecido por oxi–sanitização, que será realizado no Instituto de Química (IQ) da Unesp Araraquara. As peças serão entregues embaladas, com as instruções de higienização e uso corretos.
Obrigatoriedade de máscaras
De acordo com a Resolução no 4, publicada nos Atos Oficiais do Município no último em 22 de abril, além de espaços públicos e equipamentos do transporte público coletivo municipal, a obrigatoriedade do uso de máscaras ou proteção de nariz e boca, a partir de 1º de maio, se estende aos funcionários, consumidores e clientes dos estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços que estão em funcionamento na cidade. Estes, inclusive, deverão impedir a entrada e a permanência de consumidores ou clientes que não estiverem utilizando o item de proteção.
No boletim desta quarta-feira (28), o Comitê de Contingência do Coronavírus reforça que “a máscara é um importante aliado no enfrentamento da pandemia do Covid-19, porque ajuda na proteção das pessoas que precisarem sair para trabalhar, para fazer compras e buscar serviços de primeira necessidade. O Comitê ressalta, no entanto, que, independentemente do uso da máscara, a orientação é para que as pessoas permaneçam em suas casas, em isolamento social”.
A fiscalização será feita pelos órgãos municipais competentes, que vão orientar as pessoas que não estiverem cumprindo a medida.