Dia da Visibilidade Trans marca luta contra preconceitos
O Dia Nacional da Visibilidade Trans – 29 de janeiro – marca a luta cotidiana da população LGBT contra o preconceito e a violência que sofre diariamente no País, por conta da falta de compreensão da sociedade brasileira sobre o que é ser trans.
Criado em 2004 pelo Ministério da Saúde, após a divulgação da campanha “Travesti e Respeito”, o dia 29 de janeiro busca firmar o reconhecimento à dignidade desse segmento no Brasil.
De acordo com a assessora de Políticas LGBT da Prefeitura de Araraquara, Filipa Brunelli, a falta de compreensão sobre o ser trans acaba por rotular a imagem dessas pessoas como exóticas, quase inumanas, com algum tipo de doença ou transtorno mental.
“São essas pessoas que ainda encontram grande dificuldade para o acesso à educação, ao trabalho e à saúde, além de sofrer diariamente com a violência e o desrespeito”, enfatiza Brunelli.
Ainda segundo a assessora de Políticas LGBT, a pessoa transgênero (transexuais, N-B e Travestis) é a que não se identifica com o gênero que a sociedade acha que ela deve ter, por conta do seu sexo biológico. “O contato com a discriminação e o ódio é uma realidade que chega cedo na vida dessas pessoas”, explica.
Filipa também lembra que nos últimos anos houve um avanço para a visibilidade e o reconhecimento do direito à existência das pessoas trans enquanto cidadãs. “Porém, ainda buscamos acesso a direitos fundamentais, como o de ir e vir e o direito à vida, entre muitos outros”.
Vale destacar ainda que o preconceito contra a população trans – a transfobia – resulta em várias situações contrárias, segundo a assessora, como a rejeição da família, a expulsão da escola e grandes dificuldades de inserção no mercado de trabalho.