Coordenador da Vigilância aponta diferenças morfológicas entre o mosquito Aedes e o pernilongo Cúlex
Em época de estiagem intermediada pelas chuvas de verão, como a atual, é comum se observar pela cidade a proliferação maior de pernilongos, principalmente em bairros próximos a córregos ou em áreas de preservação ambiental.
É que a exemplo do Aedes aegypti (mosquito transmissor da dengue), o Cúlex, que é o pernilongo comum, utiliza basicamente os mesmos locais para se reproduzir – além das áreas já citadas, seus criadouros incluem materiais inservíveis descartados irregularmente em terrenos baldios.
Em entrevista ao programa “Canal Direto com a Prefeitura”, na quarta-feira-feira (30), via Facebook, o coordenador de Vigilância em Saúde, Rodrigo Ramos, apontou diferenças morfológicas entre o Aedes e o pernilongo Cúlex: o primeiro é preto com manchas brancas e tem hábitos diurnos para se alimentar preferencialmente em domicílios. Já o pernilongo é marrom e tem hábitos noturnos, além de característica silvestre.
Ramos explicou que pernilongos não transmitem nenhum tipo de doença, principalmente no Estado de São Paulo. Porém, além do zumbido perturbador, sua picada provoca grandes incômodos, por ser doída e causar manchas vermelhas pelo corpo em crianças e idosos e principalmente em pessoas alérgicas.
Rodrigo acrescentou que em Araraquara várias equipes de agentes da Vigilância atuam contra o Aedes aegypti no combate à dengue, enquanto uma delas realiza ações de prevenção ao Cúlex.
Vale destacar que no combate à dengue, os agentes realizam os trabalhos de casa em casa pela cidade, orientando a população e combatendo os criadouros com larvas.
“Um dos fatores para o surgimento das larvas do pernilongo é a estiagem que provoca a diminuição da vazão dos córregos”, reiterou.
Vale também destacar que no combate aos criadouros da dengue às vezes são aplicadas larvicidas, ou até inseticidas quando há confirmação de casos da doença.
Ainda segundo Rodrigo Ramos, o larvicida biológico é aplicado com controle em pontos da cidade onde são encontradas maiores quantidades de larvas. “Mas é importante ter cuidados adequados na utilização do inseticida, como medida de saúde pública”, orientou.
Para Ramos, o mais importante é que cada cidadão vistorie seus próprios imóveis no combate às larvas e os locais de potenciais criadouros do mosquito, como bebedouro de animais, vasos de flores sem areia, parte inferior traseira das geladeiras, além de lajes e calhas das casas e inservíveis espalhados nos quintais.
Recomendações
“É preciso que a população cuide bem de todos esses locais, já que a preocupação tem que ser constante em relação aos dois mosquitos”, enfatizou.
O coordenador de Vigilância deu outra dica contra a proliferação dos mosquitos e também contra escorpiões: a utilização de telas nas janelas. “Trata-se de uma barreira mecânica que evita bastante o mosquito”, assegurou.
Assista na íntegra: